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Meu Boi... Nosso Patrimônio Cultural


NOSSO OBJETIVO É PESQUISAR, DIVULGAR E ORGANIZAR AÇÕES DO FOLQUEDO DO BOI DE REIS NO RIO GRANDE DO NORTE. BUSCANDO NESSES GRUPOS A SUA ORIGINALIDADE E CONTINUIDADE. O BOI DE REIS NO RN DEVE SER INVESTIGADO, INSTIGADO, RECONHECIDO E INCENTIVADO POR TODO O BRASIL COMO TRADIÇÃO NACIONAL.


Minha Santa Madalena, virgem dos cabelos loiros...

Minha Santa me ajude na massa do pão criolo...

Ai Juvelina, que é seu Juvenal

É hora de tirar leite meu garrote quer mamá

Balança que pesa ouro num pesa todo metal

A moça chupa laranja de baixo do laranjal...


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Lenda do Jaraguá

Jaraguá







Elemento fantástico existente no folclore brasileiro, o Jaraguá é encontrado em várias regiões. No Nordeste tem papel secundário no Bumba-meu-boi, aparecendo em alguns lugares de Pernambuco, Ceará, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte. Em São Luís, o Jaraguá é "Onça", em alguns lugares de Pernambuco a cabeça do cavalo, representa o "Babau" e no Amazonas é "Juarauá". Embora hoje se constitua numa figura complementar de um grupo, o Jaraguá talvez tenha sido originalmente um Reisado, um folguedo autônomo, sendo despersonalizado através dos tempos pela força do Boi. O estranho animal dança em passos miúdos, mas de vez em quando investe sobre os assistentes aos saltos, vai de um lado para o outro batendo as queixadas, fingindo morder. É feito de uma caveira ou mandíbula de cavalo, completa, sendo os dois maxilares manobrados por um cordão forte preso a uma mola para que possam abrir e fechar acompanhando o ritmo da música com o entrechocar dos dentes. Essa "cabeça" é presa a um pau comprido e forte que lhe serve de suporte e de pescoço, tão longo quanto seja possível o portador manejar. Um pano colorido, geralmente estampado em corres berrantes, veste-o até ao chão, cobrindo também quem o carrega, havendo uma abertura à altura dos olhos. Não costumam faltar os tradicionais arranjos de flores e longas fitas ou tiras de papel à guisa de cabeleira. O sucesso do Jaraguá é grande, principalmente entre as crianças que têm medo e fogem assustadas com a feia cabeça que bate os dentes. Sua figura, porém, é irresistível e, apesar do temor, seguem-no encantadas entre risos, cantos e gritos nervosos e alegres. No Estado do Rio de Janeiro marca sua presença no carnaval ao lado de boizinhos, mulinhas e dançadores do Mineiro-pau.

Até a próxima!
João Lins de Oliveira Filho.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Baiano Damião da Rabeca



     O baiano (ou baião) em sua forma antiga é encontrado em nossos dias como dança e música no Bumba-meu-boi, nos solos de personagens como Mateus e Fidélis. Pernambuco é o seu grande reduto. No Rio Grande do Norte é usado na dança dos Mascarados, Mateus, Birico, Carro Branco e Catirina, também, usada entre as músicas para que os galantes possam dançar os trupés e passos coreografados. Em outras brincadeiras é usado como disputa entre os brincantes.


Até a próxima!

João Lins de Oliveira Filho.
                                                                                    

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Comunidade de Matas por Gibson Machado

MACHADAO, Gibson. Comunidade de Matas. Disponível em: < http://gibsonmachadocm.blogspot.com/2010/04/o-boi-de-reis-de-matas.html>. Acesso em:  4 abr. 2010.



O BOI DE REIS DE MATAS

Pátio da Capela de São Geraldo em Pedregulho

O BOI DE REIS DE MATAS

No dia 19 de março de 2010 fui convocado pelo Mestre Luis Chico para comparecer na comunidade de Matas, no Assentamento Pedregulho, afim de participar da apresentação do Boi de Reis durante o encerramento das festividades de São José. Não tinha como faltar ao "apito" do Mestre!!!

Já se passaram alguns anos desde que tive a honra e a grande satisfação de conhecer o Mestre Luis Chico. Lembro-me que fazia um trabalho para uma parenta dele e ela trouxe algumas fotografias de uma apresentação do Boi-de-reis na comunidade de Matas.

Chegada dos Galantes do Boi de Reis

Na ocasião não me chamou muito a atenção, no entanto, quando me aprofundei no trabalho, percebi que aqueles personagens da fotografia me lembravam o tempo de infância quando assistia, nos anos 1970, o boi-de-reis desfilar no carnaval de Ceará-Mirim, juntamente com as tribos indígenas, os cabocolinhos, bambelô, os blocos de rua, etc.

Em 2000 resolvi fazer uma visita ao Mestre e fiquei impressionado com sua simplicidade. Aquele homem tinha uma sabedoria impressionante. Na medida em que íamos conversando minha admiração aumentava cada vez mais e, a partir daquele dia, ficamos amigos e, sempre que posso, vou ao seu encontro enriquecer-me com sua sapiência.

A história do Boi-de-Reis no Rio Grande do Norte, segundo o folclorista Deífilo Gurgel, remonta aos festejos que em Portugal e no Brasil marcavam o ciclo natalino nos séculos passados e ao desenvolvimento da pecuária nordestina, determinando o surgimento de todo um complexo cultural que favoreceu, sobremodo, a evolução do folguedo, nos seus estágios mais primitivos.

Apresentação da figura da Burrinha



Era um Auto hierático do ciclo natalino e vinculava-se, em suas origens, aos Ternos e Ranchos que, nos séculos passados, percorriam as ruas de nossas cidades, visitando as residências de pessoas amigas, onde, recebidos com lautas ceias, cantavam e dançavam, comiam e bebiam tudo em louvor ao nascimento do Messias.

Os Ranchos ou Reisados apresentavam-se sempre conduzindo um animal de fantasia e tomavam os mais variados nomes, sob a invocação desse animal ou de planta ou ente fantástico que levavam. Havia assim o reisado da Borboleta, do Maracujá, da Caipora, etc.



Apresentação da figura encantada do Jaraguá
No Nordeste brasileiro, devido ao desenvolvimento da pecuária, determinou o surgimento das mais variadas manifestações e influências em nossa cultura popular. Os Reisados sempre encerravam com a exibição da figura do Boi, por isso, sua supervalorização entre as manifestações populares nordestinas.

Luis da Câmara Cascudo, em suas pesquisas, considera que as Tourinhas portuguesas teriam sido o marco inicial, a influência mais significativa do Auto do Boi. Elas consistiam em uma pantomima em que um rapaz, metido numa armação de cipós, recoberta de pano, imitando um touro, corria atrás de seus companheiros para atingi-los, numa tourada de brincadeiras.

Apresentação da principal figura, o Boi

A primeira notícia do Bumba-meu-boi data de 1840, publicada no jornal O Carapuceiro, escrita pelo padre Lopes Gama. Naquele tempo o folguedo era considerado brincadeira da ralé.

O Bumba-meu-boi é um auto popular com bailados e cantos, tratando de assunto religioso ou profano, representada no ciclo natalino (dezembro e janeiro). A este tipo de espetáculo ou folguedo Mario de Andrade denominou dança dramática, em contraposição às danças puras, que não apresentam qualquer encenação teatral. O Bumba-meu-boi é a representação da morte e ressurreição do próprio animal.



Mestre Luis Chico

A história do Boi-de-reis em Ceará-Mirim, provavelmente, se inicia com o desenvolvimento da economia canavieira, pois, há relatos de grupos existentes nos velhos engenhos primitivos.

O folguedo existente em Matas é remanescente de antigos grupos que existiam na ribeira do rio Ceará-Mirim entre as comunidades de Capela, Matas e Mineiros. Ele surgiu no início dos anos 1950 com a chegada de um taipuense que fazia a figura do Mateus e montou o grupo cujo primeiro Mestre chamava-se Zé de Rosa.

A partir de 17 de maio de 1957, com a saída do Mateus, o senhor Luis Chico assume o grupo e, também, a figura do Mateus, passando a liderar seus marujos até os dias atuais. Durante esses 53 anos o folguedo tem enfrentado as mais variadas dificuldades, desde a morte dos velhos marujos até a desvalorização do brinquedo pela sociedade e, principalmente, pelo poder público que não viabiliza oportunidades para a sua preservação.

Apesar de todas as dificuldades o Mestre Luis Chico tem sido um verdadeiro Herói na condução de uma tradição tão importante para a história e cultura de nosso município.

O Boi-de-reis é formado por personagens humanos, animais e seres fantásticos. Os humanos são o Mateus, O Birico, Nanã, os Galantes e as Damas. Atualmente os animais são a Burrinha e o Boi e representando os seres fantásticos, o Jaraguá.

Todos os participantes diretos são do sexo masculino. Os personagens femininos são rapazes ou meninos travestidos. É o caso da Nanã e das damas.

Atualmente o folguedo tem sofrido muitas transformações, principalmente no que diz respeito às figuras, pois já não existe tempo suficiente para suas apresentações. As encenações que havia durante o evento, também, foram abolidas, pois a duração fica em torno de vinte a trinta minutos, o que impossibilita desenvolvê-las plenamente, principalmente a moagem do engenho e a matança e ressurreição do boi.

A representação do boi, atualmente, limita-se a danças e cantigas, como as cantigas de abertura, compreendendo saudações e louvações aos “donos da casa”, ao Messias, pelo seu nascimento e aos Santos Reis; loas declamadas pelo mestre e pelo trio de cômico, Mateus, Birico e Nanã; apresentação das figuras da Burrinha, Jaraguá e o Boi e as cantigas de despedidas.

Os enfeitados do boi são o mestre, as Damas e os Galantes. Eles se apresentam festivamente vestidos, cantam velhas cantigas religiosas, louvações e saudações, além de tradicionais baianos. O Mestre é o responsável pela brincadeira, é a pessoa que contrata as apresentações e convoca os componentes do grupo para os ensaios.

Os Galantes, em numero de quatro, vestem-se de maneira idêntica ao Mestre. Durante a representação, dispõe-se em duas alas ou cordões e realizam evoluções, cruzamentos, meias-luas, etc. As Damas, em número de duas, são meninos de dez a doze anos, travestidos de mulher.

A figura principal do folguedo é o Boi. É o último que se apresenta. Depois que ele sai de cena, cantam-se as despedidas.

No último dia 19 de março fui à comunidade de Matas, no assentamento Pedregulho, juntamente com o pessoal do Ponto de Cultura Boi Vivo (João Lins, Bianca e Lenilton) onde, assistimos e registramos a apresentação do Boi-de-reis que encerrava as festividades do padroeiro São José. Quando terminou a Novena toda a comunidade ficou para prestigiar o evento. O mais impressionante foi a participação de todos os presentes acompanhando e aplaudindo os bailados cantados pelo mestre Luis. Crianças e adultos prestavam atenção aos movimentos e encenações representadas pelas figuras do folguedo.
Postado por gibson às 11:29
 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Boi de Reis do RN

Matas dificuldades e curiosidades

Povoado de Matas (Boi de Reis de Matas)

Ceará-Mirim é um município brasileiro do Estado do Rio Grande do Norte, localizado na Região Metropolitana de Natal, na microrregião de Macaíba, na mesorregião do Leste Potiguar e no Polo Costa das Dunas. De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2008, sua população é de 67.416 habitantes. Área territorial de 740 km². Localizado a 31 km da capital do estado, Natal.

A comunidade de Matas, onde a sua maioria vive da agricultura de subsistência, da criação de animais para o próprio consumo e alguns possuem comércio. Muitos jovens trabalham em Natal e só vêm para casa no final de semana, o álcool também é muito presente nessa comunidade. Observamos os mais velhos com maior inclinação para o álcool. A maioria dos Jovens gosta de jogar futebol no campo no final de semana, e participa de grupos de jovens ligados a igreja.


A igreja fica localizada no assentamento São José do Pedregulho. A comunidade de Pedregulho antes era uma fazenda e passou a ser assentamento de sem-terra junto com moradores de Mineiros, outra comunidade próxima. O padroeiro da Igreja é São José, grande parte dos jovens participa da novena e das barracas em festas para arrecadar fundos para a igreja que se encontra inacabada.

Hoje o grupo de Boi de Reis de Matas conta com o Mestre Luiz Chico, o antigo Mateus, que assumiu o lugar do já falecido Mestre João de Souza já contando 10 anos que o mestre morreu.


Seu Luiz Chico, Mestre do Boi de Reis, tem 73 anos e, é casado com Dona Antônia.Os dois são aposentados, tem cinco filhos, dois brincam no Boi de Reis. Brinca no Boi desde os 12 anos e, a mais de 30 anos fazia o Mateus antes de virar Mestre.

Encontramos apenas três figuras, a burrinha, o Jaraguá e o boi, esse último já um pouco descaracterizado, o pano do boi era feito de chitão e na parte de cima do boi era coberto com um tecido floral mais com tonalidade escura, e nas suas laterais o Mestre Luiz Chico enfeitou com CD`s, com a parte prateada para fora, mas essa mudança partiu dele.

A composição da sua orquestra é formada por um violonista e um pandeirista, perguntei a seu Luiz sobre essa formação, ele disse que o rabequeiro faleceu há dez anos, era difícil encontrar outro, desde então eles eram acompanhados por um violão, fiquei curiosa e perguntei por que eles não usavam o triangulo, sendo um instrumento muito característico dos ritmos nordestinos e que também são encontrados no Boi de Reis, ele falou que não tinha o triangulo por isso não usava. O ritmo do Boi de Reis acompanhado por um violão, de fato, muda a sonoridade e a cadência, fica mais lento, e com seu Jurandir (tocador do Boi de Reis de Matas), ele dar um caráter de seresta, por isso fica bem arrastado, influenciando na dança que acaba tendo o mesmo andamento. Nesse Boi não encontramos a figura do Mateus, Birico nem Catirina, então é um boi que perdeu toda sua parte cênica dos mascarados, segundo seu Luiz isso se deu porque ele que fazia o Mateus e quando o mestre dele faleceu, ele assumiu a maruja, e as pessoas que faziam as outras figuras não continuaram, segundo ele não é todo mundo que sabe brincar de cara pintada. Outro fator que ajudou para que que a parte dramática do boi desaparecesse completamente foram as apresentações curtas onde não dava tempo de mostrar tudo ficando ressumindo o Auto Popular a pouco menos que meia hora de apresentação isso não só esta acontecendo especificamente em Matas mas em todos os Grupos de Boi de Reis umas descaracterização não voluntária partindo da péssima política pública da nossa cultura.



Bianca Maggi.
João Lins de Oliveira Filho.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

comunidade do orkut

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=106279156 a nova comunidade do Boi de Reis do RN no Orkut

Sitio Buracos (três grupos de Boi de Reis semi-ativos)

Comunidade simples, estrada de areia, cada Sítio é uma comunidade então existe vários sítios vizinhos, a maioria constituído pela mesma família, todos vivem da agricultura de subsistência, uns trabalham na usina, outros no corte da cana de açucar. Possuem pequenos comércios na sua própria casa, muitas mulheres e crianças ociosas. As mulheres possuem muitos filhos, acreditamos que algumas crianças que nasceram com um tipo de síndrome, outros com problemas de pele e osteoporose congênita, sejam devido a casamentos com algum grau de parentesco. A falta de higiene básica contribui para proliferação das doenças.

A comunidade possui uma escola de ensino fundamental, quem se interessar em continuar os estudos tem que se deslocar para a cidade mais próxima, Monte Alegre ou São José do Mipibu. O uso de bebidas alcoólicas é muito comum nos mais velhos e nos mais jovens, situação essa muito preocupante, pois eles sempre bebem cachaça com certa demasia que apesar de tudo faz parte de sua cultura só deve se educar no contexto do exagero. O uso de armas brancas é comum entre os homens, pois além de ser um instrumento de trabalho, também usado para sua segurança pessoal.

Acreditamos que o Sítio Buracos hoje seja a localidade com o maior número de remanescentes da brincadeira do Boi de Reis do Rio Grande do Norte, pois nessa localidade existem remanescentes de pelo menos 3 grupos de boi de reis semi-ativos com um grande número de rabequeiros, sanfoneiros e brincantes.

Além disso, nas localidades próximas também temos outros grupos e outros remanescentes de Boi de Reis como é o caso de Manibu que existe um grupo de boi de reis, de Laranjeiras do Abdias que tem dois rabequeiros, sanfoneiros e brincantes de Boi de Reis dentre outras localidades próximas.

Boi de Janeiro, Boi de Buraco e Boi Chuvisco - sendo o Boi Chuvisco ainda ativo e os outros dois só com remanescentes...

Principais brincantes
Mestre Zé Mateus falecido no inicio do ano duas semanas após a morte de Mestre Elpídio
Gaspar Filho de Zé Mateus responsavel pelo grupo e brincante de Mateus
Seu Luis contra - mestre que atua no grupo hoje como o mestre do boi
Compadre Bia - brinca de Birico
Severino João - brinca de Galante e toca sanfona
Seu Eduardo - excelente pandeirista
Damião da Rabeca
Cassiano  - Mateus, Rosa ou Catarina
entre outros tantos

Além disso existem os antigos brincantes com mais de noventa anos que não brincam mais boi



Adjacências: Sitio Santa Luzia, Tremembé e Laranjeiras do Abdias e Manibu (outro grupo de Boi de Reis).
                                                                       Bianca de Souza Maggi.
João Lins de Oliveira Filho.




sábado, 28 de agosto de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

No caminho dos Bois

Falar de umas das manifestações folclóricas mais importantes do nosso Estado deve-se ter muito cuidado para não se equivocar nas informações.Devemos chegar na comunidade sabendo que eles detem o conhecimento prático, ou seja, a alma da manifestação no que diz respeito a comunidade em que estão inseridos, o modo de vida, seus hábitos, seus costumes.
A viagem é cansativa, os passos são pesados, mas os sonhos são reais, os desejos são sinceros, sapatos sujos na areia barrenta, já não estamos mais na zona urbana, passamos pela divisa e cá estamos no Sítio Buracos, nele chegamos a outro Brasil, a uma outra realidade que pensamos que não existia, mas ali está o local que provavelmente seja o recanto do maior número de brincantes de boi do nosso Estado. Cada esquina um brincante, cada terreiro uma história, sanfoneiros, rabequeiros e bois, Bois de Janeiro... Quantas gerações de fazedores do brinquedo dos Autos Reis do Oriente? Vejo senhores, ah Boi Chuvisco, acima de 90 anos, Boi do Tempo, que segundo eles não brincam mais o boi, mais o encantamento, os olhares para os brincantes ainda ativos de cerca de 60 anos é de uma profundidade tremenda que dá arrepios,, arrepios nos aboios noturnos de chamada... 19hs.. contra-mestre, Mateus e Birico começam a aboiar, chegando ao extase de tremer o chão batido do sertão, a cada trupé, galope e tesouras vejo que o Brasil esta longe ainda de ser descoberto, que estamos longe de valorizar nossas raízes, me sinto realizado por meu caminho chegar até o Sítio dos Bois, o Sítio da Vida nos passos de quem segue a estrela guia, nos passos de Deus.

João Lins...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Boi de Reis no Orkut

Acessem o link http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=7021346596855084280 e vejam o perfil de Boi de Reis no RN e para outros contatos mandem email para noolhodarua@hotmail.com

João Lins de Oliveira Filho

segunda-feira, 15 de março de 2010

Morre Mestre Elpídio

OLIVAR, Gabriela. Morre Mestre Elpídio. Diário de Natal, Natal, 10 fev. 2010. Disponível em: <http://www.diariodenatal.com.br>. Acesso em: 10 fev. 2010.(15:26)



Com 82 anos e 36 casamentos, morre mestre de Boi de Reis do RN
O mestre de Boi de Reis Elpídio Alexandre da Silva, de 82 anos, mais conhecido como "Mestre Elpídio", morreu no início da tarde desta quarta-feira (10), vítima de parada cardíaca em consequência de um tumor cerebral. Tido como o principal ícone desse tipo de manifestação popular no Rio Grande do Norte, o artista estava internado há pouco mais de um mês no Hospital Walfredo Gurgel.

No dia 5 de janeiro, Mestre Elpídio esteve na Policlínica, no Alecrim, e, após ser submetido a um exame relacionado ao câncer de próstata que enfrentava, teve uma convulsão. Foi, então, transferido para o Walfredo. "Tivemos que levá-lo em uma Kombi, porque não havia ambulância disponível", reclamou o presidente da República das Artes, Lenilton Lima, que acompanhou de perto o trabalho e a saúde do folclorista.

O atestado de óbito registra que a morte aconteceu às 12h50 e divulga a causa como "parada cardio-respiratória devido à síndrome convulsiva em decorrência de um tumor cerebral". Lenilton Lima informou que o velório deverá acontecer na própria residência do mestre, no bairro Santos Reis, em Parnamirim (Grande Natal). Casado pela 36ª vez, conforme comentava entre os conhecidos, Elpídio deixou 21 filhos.

Mestre Elpídio participava do ponto de cultura Boi Vivo, cujo objetivo consiste em restaurar o boi de reis. "Ele era o único remanescente da época dos palanques de Djalma Maranhão", lembrou Lenilton. "E costumava reclamar, amargurado, que nunca existiu um prefeito como ele em Natal, em termos de valorização da cultura popular", continuou.
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Observação: Mestre Elpídio partiu, mas deixou um legado cultural indescritível como Mestre de Boi de Reis do RN. Ele era um homem simples, alegre e amava mostrar como Mestre de Boi de Reis todo o legado cultural de sua arte.Você se foi Mestre Elpídio, mas nos deixou uma lição de vida tanto como homem da arte e como ser humano. Agradeço ao universo por tê-lo conhecido.Vá em paz, Mestre Elpídio.

Nossos sentimentos!

João Lins de Oliveira Filho
 






domingo, 17 de janeiro de 2010

Mestre do Boi Calemba é internado no Walfredo

MESTRE do Boi Calemba é internado no Walfredo.   Tribuna do Norte,    Natal,RN, 7 jan. 2010. Disponível em: <http://tribunadonorte.com.br>Acesso em: 7 jan. 2010.


Mestre Elpídio (83) do Boi Calemba foi internado às pressas na tarde de terça-feira no Hospital Walfredo Gurgel. Considerado hoje um dos brincantes (vivos) mais importantes da cultura popular, Elpídio teve convulsões e pressão alta e está internado sob observação. Segundo o presidente da República das Artes, Lenilton Lima, o mestre foi internado no mesmo leito, o 261, deixado há cinco dias pelo artista Jackson Garrido. No momento, Jackson recebeu alta e está sob os cuidados de enfermeiros no Hotel Natal de propriedade do empresário Habib Chalita. Amigos de Garrido também estão ajudando a dar entrada em sua aposentadoria.
 Sobre o mestre Elpídio, Lenilton informa que ele foi bem atendido. “Quase não acreditamos ter ficado internado no mesmo leito que Jackson deixou. Com todas esses internamentos seguidos estamos conversando sobre a importância de um respaldo melhor para nossos artistas, como planos de saúde. Se seu Elpídio é considerado hoje o mestre mais importante e está no Walfredo, imagine o menos importante?”, desabafou Lenilton.
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Observação: disponibilizamos, aqui, essa notícia para que todas as pessoas ligadas as artes e a comunidade em geral que acessam esse blog possam acompanhar, mais de perto, o problema de saúde desse Grande Mestre do Boi Calemba do Rio Grande do Norte.


Estamos apreensivos!



João Lins de Oliveira Filho




quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Damião Rabequeiro


    












Damião Rabequeiro - Ganhador do Prêmio Cornélio Campina - em apresentação com o Boi de Reis de Mestre Elpídio no Projeto Arte no Grito, na Feira do Alecrim, Natal/RN.

 
Até breve!

João Lins de Oliveira Filho.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Cultura, boi e sonhos...

O povo que não reconhece o seu folclore não reconhece a si mesmo dentro da sua ancestralidade se perde nas suas referências de vida. Não quero com isso modificar suas predileções artístico-culturais. O que pretendo ao falar de folclore é mostrar a todos que é nessas tradições que encontramos um pouco da nossa história, é descobrimos um pouco do nosso passado, dos nossos costumes, a maneira de pensar, de sentir, de agir de um povo, preservadas pela tradição e imitação. É importante saber que por trás da cultura de massa, representada pelas músicas nacionais e internacionais de que eles tanto gostam e que representam a modernidade, há todo um maravilhoso universo de manifestações culturais que lhes pertence, como brasileiros, e que continua abandonado precisando ser revitalizado e valorizado, através do estudo, mostrando para crianças, jovens e adultos que através de seus mitos, suas danças,suas músicas e folguedos populares consigamos mostrar um universo mágico, cheio de beleza tão interessante quanto o que eles conhecem acrescentando em suas vidas a consciência popular. Trabalhar a música dentro de um contexto folclórico de forma pedagógico, formando cidadãos, revitalizando sua história e sua identidade para o futuro dentro de uma sociedade atual.
                      
                                                                                              João Lins de Oliveira Filho

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Inicio do Projeto

 Apresentação UFRN

   O projeto foi idealizado no decorrer da disciplina Encenação III do Curso de Licenciatura Plena em Artes Cênicas da UFRN. De lá pra cá, com a aprovação do Ponto de Cultura pela Associação República das Artes o projeto, hoje, se torna grandioso e enriquecedor trabalhando com comunidades dos bairros periféricos de nossa cidade Natal e com diversas comunidades do meio rural do Estado do Rio Grande do Norte.




Até a próxima!


João Lins de Oliveira Filho.