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Meu Boi... Nosso Patrimônio Cultural


NOSSO OBJETIVO É PESQUISAR, DIVULGAR E ORGANIZAR AÇÕES DO FOLQUEDO DO BOI DE REIS NO RIO GRANDE DO NORTE. BUSCANDO NESSES GRUPOS A SUA ORIGINALIDADE E CONTINUIDADE. O BOI DE REIS NO RN DEVE SER INVESTIGADO, INSTIGADO, RECONHECIDO E INCENTIVADO POR TODO O BRASIL COMO TRADIÇÃO NACIONAL.


Minha Santa Madalena, virgem dos cabelos loiros...

Minha Santa me ajude na massa do pão criolo...

Ai Juvelina, que é seu Juvenal

É hora de tirar leite meu garrote quer mamá

Balança que pesa ouro num pesa todo metal

A moça chupa laranja de baixo do laranjal...


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Caboclo

Caboclo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
Caboclo é o mestiço de branco com índio; caboco, mameluco, caiçara, cariboca, curiboca. Antiga designação do indígena brasileiro.
Câmara Cascudo, no Dicionário do Folclore Brasileiro, defende a forma caboco, sem o l, que teria sido introduzida na palavra sem encontrar base nas diversas hipóteses etimológicas, como a que afirma derivar do tupi caa-boc, "o que vem da floresta" ou de kari’boca, "filho do homem branco".
Os caboclos formam o mais numeroso grupo populacional de todos os estados da Região Norte (Amazônia) e de alguns estados do Nordeste (Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Ceará e Paraíba).[carece de fontes?] Contudo, a quantificação do número de pessoas consideradas caboclas no Brasil é tarefa difícil, pois segundo os métodos usados pelo IBGE em seus recenseamentos eles entram na contagem dos 44,2% de pessoas consideradas pardas no Brasil, grupo que também inclui mulatos, cafuzos e várias outras combinações da mistura de negros ou índios com outras raças, como negro e oriental, índio e oriental, negro, índio e branco, negro índio e oriental, etc.[1]
Caboclo também pode ser sinônimo de:
  • tapuio, termo genérico de desprezo usado por determinados povos indígenas quando se referiam a indivíduos de outros grupos. Caboclo de cor acobreada e cabelos lisos; caburé.
No Brasil há o Dia do Caboclo, comemorado em 24 de junho.
Também é o nome dado às entidades lendárias indígenas, ou de manifestações de religiões como o caboclo que se incorpora nos ritos de Candomblé de Caboclo, no Catimbó, na Macumba, no Batuque e na Umbanda.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Boi

Folguedo do boi


Folguedo que se difundiu pelo Brasil, com amplo leque de variações. Sua inserção no calendário festivo é variada: conforme a região e a modalidade do boi, o folguedo insere-se no ciclo natalino, junino ou mesmo carnavalesco, composto de dança, drama e música desenvolvidos em torno do artefato que representa o boi. Na ampla variedade de suas encenações, o tema da morte e ressurreição do boi emerge seja diretamente, seja de forma alusiva. Em torno desse episódio dramático, agregam-se variados personagens. Há bois que não revivem e cujos corpos são simbolicamente partilhados, e há casos em que ele não morre, simplesmente "foge", desaparecendo no fim da festa para retornar no ano seguinte

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bumba meu boi no Wikipédia

Bumba meu boi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    

Bumba-meu-boi gigante no Paço Alfândega, Recife.
Bumba-meu-boi, boi-bumbá ou pavulagem é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Hoje em dia é muito popular e conhecida.

 A origem

A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. Esta essência se originou da lenda de Catirina e Pai Francisco,origem nordestina, que sofreu adaptação à realidade amazônica. Dessa forma, reverencia o boi livre e nativo da floresta Amazônica, bem como a alegria, sinergia e força das festas coletivas indígenas.
A festa do Bumba-meu-Boi surgiu no nordeste do país, mais especificamente no Estado do Piauí, pois a região onde hoje se situa o Piauí começou a ser povoada por vaqueiros que vinham da Bahia em busca de novas pastagens para o gado. Ainda hoje a figura do vaqueiro é marcante e faz parte da cultura piauiense, além de ser uma personagem típica no estado. Mas foi no Estado do Maranhão que o Bumba-meu-Boi foi mais popularizado e exportado para o Estado do Amazonas com o nome de Boi-Bumbá, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.
Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes. Dessa forma, enquanto no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é chamado bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas é boi-bumbá ou pavulagem; em Pernambuco é boi-calemba ou bumbá; no Ceará é boi-de-reis, boi-surubim e boi-zumbi; na Bahia é boi-janeiro, boi-estrela-do-mar, dromedário e mulinha-de-ouro; no Paraná, em Santa Catarina, é boi-de-mourão ou boi-de-mamão; em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé (em Macaé há o famoso boi do Sadi) é bumba ou folguedo-do-boi; no Espírito Santo é boi-de-reis; no Rio Grande do Sul é bumba, boizinho, ou boi-mamão; em São Paulo é boi-de-jacá e dança-do-boi.

Personagens

Os personagens do bailado são humanos e animais. Os femininos são representados por homens travestidos. O Capitão é o comandante do espetáculo. Há também Mateus e Catirina, personagens bastante conhecidos que apresentam os bichos, cantam e dançam de forma engraçada, divertindo muito o público. Fazem parte ainda do elenco: Bastião, a pastorinha, a dona do boi, o padre, o doutor, o sacristão, Mané Gostoso, o Fanfarrão, a ema, a burrinha, a cobra, o pinica-pau e ainda os personagens fictícios: o Caipora,o Babau, o morto carregando, o vivo e o Jaraguá.
Existem vários personagens e variam bastante entre os diferentes grupos, mas os principais são os seguintes:
Amo: representa o papel do dono da fazenda, comanda o grupo com auxílio de um apito e um maracá (maracá do amo) canta as toadas principais;
Pai Chico ou Mateus: empregado da fazenda, ou forasteiro, dependendo do grupo, rouba ou mata o boi para atender o desejo de mãe Catirina. O papel desempenhado por esta personagem varia de grupo para grupo, mas na maioria das vezes desempenha um papel cômico;
Mãe Catirina ou Catirina: Catirina é uma negra, muito desinibida que em alguns bumbas é a mulher de Mateus. Mulher do pai Chico, que grávida deseja comer a língua do boi. Coloca enchimento na barriga para parecer que está gestante;
Boi: é a principal figura, consiste numa armação de madeira em forma de touro, coberta de veludo bordado. Prende-se à armação uma saia de tecido colorido. A pessoa que fica dentro e conduz o boi é chamado miolo do boi;
Vaqueiros: são também conhecidos por rajados. Nos bois de zabumba são chamados caboclos de fita. Em alguns bois existe o primeiro vaqueiro, a quem o fazendeiro delega a responsabilidade de encontrar pai Chico e o boi sumido, e seus ajudantes que também são chamados vaqueiros;
Índios, índias e caboclos: tem a missão de localizar e prender pai Chico. Na apresentação do boi proporcionam um belo efeito visual, devido à beleza de suas roupas e da coreografia que realizam. Alguns bois, principalmente os grupos de sotaque da ilha, possuem o caboclo real, ou caboclo de pena, que é a mais rica indumentária do boi;
Burrinha: aparece em alguns grupos de bumba -meu-boi, trata-se de um cavalinho ou burrinho pequeno, com um furo no centro por onde entra o brincante, a burrinha fica pendurada nos ombros do brincante por tiras similares à suspensório;
Cazumbá: Personagem divertido, as vezes assustador, que usa batas coloridas e mascaras de formatos e temática muito variada. Não são todos os grupos de bumba-meu-boi que possuem cazumbás.

 Instrumentos

Os bois de influência predominantemente indígena, bois de matraca, utilizam mais os seguintes instrumentos:
maracá : instrumento feito de lata, cheio de chumbinhos ou contas de Santa Maria. É um instrumento de origem tanto africana como indígena;
matraca : feita de madeira, principalmente pau d'arco, é tocada batendo-se uma contra a outra;
pandeirão : pandeiro grande, coberto geralmente de couro de cabra. Alguns tem mais de 1 metro de diâmetro e cerca de 10 cm de altura. São afinados a fogo.
tambor onça : É uma epécie de cuíca, toca-se puxando uma vareta que fica presa ao couro e dentro do instrumento. Imita o urro do boi, ou da onça.
Os bois de zabumba utilizam principalmente:
maracá : instrumento feito de lata, cheio de chumbinhos ou contas de Santa Maria;
tamborinho: pequeno tambor coberto de couro de bicho, o mais comum é usar couro de cutia, é tocado com a ponta dos dedos;
tambor onça : É uma epécie de cuica, tocase puxando uma vareta que fica presa ao couro e dentro do instrumento;
zabumba: é um grande tambor, conhecido também como bumbo, é um instrumento típicamente africano;
tambor de fogo: feito de uma tora de madeira ocada à fogo e coberto por um couro cru de boi preso à tora por cravelhas. É um instrumento tipicamente africano;
Os bois de orquestra tem instrumentação muito variada, utilizam instrumentos de sopro como saxofones, trombones, clarinetas e pistões; banjos, bumbos e taróis, também mara.

Enredo

O enredo é que não muda em todos os bumbas-meu-boi. O boi da pastorinha se perde e ela sai a sua procura pelos arredores e vai encontrando os vários personagens. No final o boi é sempre morto e ressuscitado, e com a morte dele se canta a seguinte lamentação, muito conhecida de todos:
"O meu boi morreu
Que será de mim?
Manda buscar outro
Ô maninha, lá no Piauí"

 Bumba-meu-boi do Maranhão


Bumba-meu-boi Mimoso, de São Bento em apresentação durante as festas juninas de 2011
A festa do Bumba-meu-boi, uma tradição que se mantém desde o século XVIII, arrasta maranhenses e visitantes por todos os cantos de São Luís, nos meses de junho e julho. O Bumba-meu-boi é uma festa para crianças, adultos e idosos, onde os grupos se espalham desde as perifeiras até os arraiais do centro e dos shoppings da ilha. Na parte nova ou antiga da cidade grupos de todo o Estado se reúnem em diversos arraiais para brincar até a madrugada.
O enredo da festa do Bumba-meu-boi resgata uma história típica das relações sociais e econômicas da região durante o período colonial, marcadas pela monocultura, criação extensiva de gado e escravidão. Numa fazenda de gado, Pai Francisco mata um boi de estimação de seu senhor para satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Mãe Catirina, que quer comer língua. Quando descobre o sumiço do animal, o senhor fica furioso e, após investigar entre seus escravos e índios, descobre o autor do crime e obriga Pai Francisco a trazer o boi de volta.
Pajés e curandeiros são convocados para salvar o escravo e, quando o boi ressuscita urrando, todos participam de uma enorme festa para comemorar o milagre. Brincadeira democrática que incorpora quem passa pelo caminho, o Bumba-meu-boi já foi alvo de perseguições da polícia e das elites por ser uma festa mantida pela população negra da cidade, chegando a ser proibida entre 1861 e 1868.
O atual modelo de apresentação dos bois não narra mais toda a história do 'auto', que deu lugar à chamada 'meia-lua', de enredos simplificados. Atualmente, existem mais de cem grupos de bumba-meu-boi na cidade de São Luís subdivididos em diversos sotaques. Cada sotaque tem características próprias que se manifestam nas roupas, na escolha dos instrumentos, no tipo de cadência da música e nas coreografias. Dança com característica africana, a Congada mescla elementos religiosos e históricos, resistindo ao tempo graças à devoção passada de geração em geração pelo povo caiçara.

 Bibliografia

  • BARROS, Antonio Evaldo Almeida. 2007. O Pantheon Encantado: Culturas e Heranças Étnicas na Formação de Identidade Maranhense (1937-65). Dissertação de Mestrado em Estudos Étnicos e Africanos. Salvador: PÓS-AFRO/CEAO/UFBA.
  • CARVALHO, Maria Michol Pinho de. 1995. Matracas que desafiam o tempo: é o bumba-boi do Maranhão. São Luís: s/e.
  • PRADO, Regina de Paula Santos. 1977. Todo ano tem: as festas na estrutura social camponesa. Dissertação de Mestrado em Antropologia. Rio de Janeiro: PPGAS-MN/UFRJ

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Gigante do Boi de Reis do RN



O Gigante no Boi de Reis


O gigante é um personagem no caso do boi de reis que representa o imaginário do homem rural, na historia o gigante tem mais de duzentos anos e sai com sua burrinha à procura de sua mulher Maria Isidora Conceição Pia Mateus, na dramatização é cantada a musica:

TRECHO:

Gigante que bixo é esse

Que na roda apareceu

Foi por causa do Gigante

Que a amozona se perdeu


Cavalo marinho genitiador

Cadê meu cavalo com o seu amor

Da-lhe da-lhe, da-lhe da-lhe  meu cavalo


Gigante que bixo é esse

Deixa de cerimônia

Já estou acostumado com

A sua pouca vergonha


Cavalo marinho genitiador

Cadê meu cavalo com o seu amor

Da-lhe dalhe  meu cavalo



Chegando no terreiro ele mascarado (uma enorme cabeça geralmente de papelão pintado com cabelo de algodão, chega pulando e dançando em sua burrinha e sempre a procura de sua mulher com mais de 200 anos, personagem cômico, personificação de um estrageiro alto, em algumas localidades associa-se ao momento da morte do boi.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

GIGANTE QUE BICHO É ESSE?

Gigante

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    

Representação de um gigante, no livro Mundus subterraneus.
Gigantes são figuras comuns em folclore e lendas, sendo caracterizados como humanos ou humanóides de grande tamanho, que varia em cada lenda. Graças à sua grande estatura são atribuídos a gigantes grandes força e resistência, algumas vezes são retratados como burros e ignorantes e outras como inteligentes e até amigáveis. Um conceito simples, gigantes aparecem em lendas e historias de todos o mundo, até mesmo sendo citados na Bíblia.
Os gigantes para a mitologia nórdica, são os inimigos dos deuses supremos, como Geirrord, que trava uma batalha mortal com Thor, o qual é filho do poderoso deus Odin.
Estes seres são enormes em suas proporções físicas e têm a capacidade de se transformarem em quaisquer criaturas (animada ou inanimada) dos quatro cantos do mundo. Assim, tendo o poder de enganar qualquer um que passar pelos seus caminhos.
Gigantes são mencionados na Bíblia e tradições cristãs acreditam que eles seriam filhos de anjos com humanos. No livro do Gênesis, capítulo 6, lê-se:
Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.
Os Gigantes



"Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antigüidade." Gênesis 6.4

"Antes haviam habitado nela os emins, povo grande e numeroso, e alto como os anaquins; eles também são considerados refains como os anaquins; mas os moabitas lhes chamam emins."
Deuteronômio 2.10-11

"Porque só Ogue, rei de Basã, ficou de resto dos refains; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos amonitas? O seu comprimento é de nove côvados
[4 metros], e de quatro côvados [1,78 metros] a sua largura, segundo o côvado em uso." Deutoronômio 3.11

"Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos."
Números 13.33



Há cerca de 5.500 anos, a estatura humana era sobremodo elevada. Existiam homens na Mesopotâmia cuja estatura ultrapassava 4 metros. Os primeiros gigantes, chamados na Bíblia de Nefilins (enfilins no original hebraico que significa "caídos" ou "desertores") poderiam ser ainda mais altos.



Nos finais dos anos 50 durante a construção de uma estrada no sudeste da Turquia, em Homs e Uran-Zohra no Vale do Eufrates, região próxima de onde viveu Noé após o dilúvio, foram encontradas várias tumbas de gigantes. Elas tinham 4 metros de comprimento, e dentro de duas estavam ossos da coxa (fêmur humano) medindo cerca de 120 centímetros de comprimento. Calcula-se que esse humano tinha uma altura de aproximadamente 4 metros e pés de 53 centímetros.






 


"Não foi deixado nem sequer um dos anaquins na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em Asdode." Josué 11.22

"Ora, o nome de Hebrom era outrora Quiriate-Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins. E a terra repousou da guerra."
Josué 14.15



Outros grupos de gigantes chamados de Anaquins e Refains (ou Emins) se instalaram na Palestina entre o Mar Morto e a faixa de Gaza. Os israelitas mataram todos os gigantes desta região sobrando apenas o rei Ogue (na região norte da atual Jordânia) e alguns que foram para a faixa de Gaza (região entre o Mar Mediterrâneo e a cidade de Gaza).



"Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo [2,89 metros]." 1 Samuel 17.4



Golias é o gigante mais famoso da história. No entanto não chegava a 3 metros de altura.



No Parque do Dinossauro, próximo de Glen Rose no estado do Texas, EUA, nos arredores do Rio Paluxy existem várias pegadas de dinossauros e humanos juntas.







Gigantes de 24 dedos



"Houve ainda outra guerra em Gate, onde havia um homem de grande estatura, que tinha vinte e quatro dedos, seis em cada mão e seis em cada pé, e que também era filho do gigante." 1 Crônicas 20.6



Pela narrativa, os israelitas se surpreenderam com esse gigante. Embora seja bastante curiosa, a anomalia dos 24 dedos é encontrada em humanos até hoje .




Em 1876 chegou em Londres um gigante fossilizado de 3,65 metros com 6 dedos no pé direito. Ele foi desenterrado por Mr. Dyer durante uma operação mineira em County Antrim, Irlanda. Em seguida foi levado para exposição em Dublin, Liverpool e Manchester. Numa edição de dezembro de 1895, a revista British Strand Magazine publicou uma foto do fóssil tirada no depósito de mercadorias da Broad Street da Companhia de Estrada de Ferro North-Western, sendo mais tarde reimpressa no livro Traces of the Elder Faiths of Ireland de W. G. Wood-Martin.







Gigantes Recentes



Um pouco menores do que o famoso Golias, o filisteu que desafiou o exército de Israel, os gigantes mais recentes registrados têm altura entre 2,50 e 2,80 metros. Nas fotos abaixo estão alguns dos mais famosos:



O russo Machnov (1882-1905)



Johann Petursson (1913-1984) de 2,63 m



Robert Wadlow (1918-1940) de 2,71 m usando um sapato tamanho 37 (EUA) ou 52 (Brasil)



Fatos Registrados



Gigantes ancestrais americanos. Abaixo estão alguns achados de esqueletos nos últimos dois séculos nos EUA:



  • Em seu livro The Natural and Aboriginal History of Tennessee, John Haywood descreve "ossos muito grandes" encontrados em sepulturas de pedra no município de Williamson, no estado de Tennessee, em 1821.
  • Na metade do século XIX esqueletos gigantes foram encontrados próximo de Rutland e Rodman, no estado de Nova Iorque.
  • O Dr. J.N. DeHart achou vértebras de tamanhos incomuns em morros de Wisconsin em 1876.
  • W.H.R. Lykins descobriu crânios de grande tamanho e densidade em morros da cidade de Kansas em 1877.
  • O Dr. George W. Hill, achou um esqueleto de tamanho incomum em um morro do município de Ashland, no estado de Ohio.
  • Em 1879, um esqueleto de 2,94 metros foi encontrado num morro perto de Brewersville, estado de Indiana (Indianapolis News, 10/11/1975).
  • Um esqueleto enorme foi achado em um caixão de barro, com laje de arenito contendo hieroglíficos, durante explorações do Dr Everhart num morro perto de Zanesville, estado de Ohio. (American Antiquarian, volume 3, 1880, página 61)
  • Dez esqueletos de ambos os sexos e de tamanhos gigantescos foram encontrados num morro em Warren, estado de Minnesota, 1883. (St. Paul Pioneer Press, 23/5/1883)
  • Restos de 7 esqueletos de alturas estimadas em torno dos 2,3 metros foram encontrados em Minnesota, 1888 (St. Paul Pioneer Press, 29/6/1888)
  • Num morro perto de Toledo, no estado de Ohio, foram encontrados 20 esqueletos, sentados com a face virada para o leste, com mandíbulas e dentes duas vezes maior do que o normal, e ao lado de cada esqueleto havia uma tigela grande com figuras hieroglíficas curiosamente ornamentadas. (Chicago Record, 24/10/1895, citado por Ron G. Dobbins, NEARA Journal, volume 13, outono de 1978)
  • No estado de Minnesota foram encontrados um esqueleto de um homem enorme na Fazenda Beckley, em Lake Koronis, e outros ossos gigantes em Moose Island e em Pine City (St. Paul Globe, 12/8/1896).
  • Em 1911, mineiros descobriram várias múmias de cabelos ruivos com altura que varia de 2 a 2,4 metros junto com artefatos em uma caverna em Lovelock, no estado de Nevada (The Unexplained: An Illustrated Guide to the World's Natural and Paranormal Mysteries, Dr. Karl Shuker, 1996). Obs: Uma antiga lenda local diz que havia um grupo de gigantes chamados "Si-Te-Cah" que foram exterminados pelos índios Paiutes (ou Piutes), alguns séculos antes da colonização americana. Sarah Winnemucca Hopkins, filha do Chefe indígena Paiute Winnemucca, na página 75 do seu livro Life Among the Paiutes, confirma o fato afirmando que o seu povo guardou os cabelos ruivos daquele povo durante séculos..
Próximo de Lovelock, foram achados 2 grandes esqueletos no leito do lago Humboldt em fevereiro e junho de 1931. O primeiro media 2,6 metros de altura e parecia ter sido embrulhado em um tecido coberto com goma como as múmias egípcias. O segundo esqueleto tinha quase 3 metros (Review - Miner, 19/6/1931).
  • Samuel Hubbard, Curador Honorário de Arqueologia do Museu de Oakland, descobriu dois corpos petrificados sendo um de 4,6 e o outro de 5,5 metros, no Grand Canyon do Arizona. Próximo ao local foi encontrado um grande número de pegadas de 43 a 50 centímetros de comprimento (The Hubbard Discovery, Setembro de 1923).
  • Em Julho de 1877, na região de Spring Valley próximo de Eureka, estado de Nevada, foram encontrados um joelho e um osso de perna humana tendo esta a medida de 99 centímetros, equivalente a altura de uma pessoa de aproximadamente 3,5 metros. Os ossos estavam bastante carbonizados devido a sua idade (Strange Relics from the Depths of the Earth, J.R. Jochmans, 1979).



Breve, mais registros de gigantes nos EUA, na Europa, Ásia e África.




quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Burrinha

A burrinha

                  (Mestre Elpídio)



  Se "el uso corriente y la tradición constituyen la prueba suprema de las matérias folklóricas", segundo nos afiança o folclorista norte americano Ralph Steele Boggs ("El Folklore, definicion, ciencia y arte", em Revista Venezolana de Folklore, I, 947) — é claro que não se pode negar a evidente feição folclórica que há no Carnaval. Mas no carnaval encarado como festejo tradicional do nosso povo, com a sua mascarada, suas batalhas de confete, seus ranchos e préstitos, seus bailes populares. Tudo que se repete anualmente na folia momesca, tudo que já se incorporou ao patrimônio tradicional do povo faz parte integrante do folclore. Também deste participam — como objetos, instrumentos e pertences — as máscaras grotescas de papelão, os estandartes pintados ou bordados, as flechas, tangas e cocares de índios, os colares e pulseiras de contas ou conchas, os chocalhos de folha de flandres ou de "chambinhas", os reco-recos, os pandeiros, os caxambus, congos e puítas — tudo feito e preparado — sabe Deus com que carinho — pelas mãos rudes ou habilidosas dos foliões anônimos.
Participa, igualmente, do folclore, no carnaval de rua, a interessante figura da burrinha, personagem desgarrada, com certeza, de algum auto popular do bumba-meu-boi.
De fato, essa burrinha saltitante e brejeira, deve de ser parente do cavalo-marinho, que figura em qualquer destes velhos folguedos do boi: o bumba-meu-boi do Nordeste, o boi de mamão de Santa Catarina, ou o rei de boi capixaba, de São Mateus e Conceição da Barra.
A burrinha carnavalesca é preparada pelo mesmo processo por que se faz o cavalo-marinho: a cabeça é de pau ou papelão grosso, e representa a cara do animal, com orelhas e crina, os olhos, as ventas e a boca pintada etc. A armação do corpo é, em regra, de madeira, forrada com panos vistosos e compridos; na parte traseira — o rabicho.
O cavaleiro "veste" essa armação, e, puxando as rédeas presas à boca do "bicho", movimenta-o, à vontade, em trotes ou galopes, com os próprios pés a fingirem de pata, e mal aparecendo sob a cobertura de pano. Está-se a ver que, nestas condições, a burrinha tem apenas dois pés. Às vezes, para melhor dar a impressão da montaria, cosem-se-lhe duas pernas recheadas de pano, uma de cada lado do "selim", fingindo pernas e botas do "peão".
A burrinha é figura tradicional no carnaval capixaba nas ruas de Vitória. Junta-se, de logo, a grupos ou cordões musicais, e vai à frente, orgulhosa e pimpona a dar saltos e corridas, atropelando tonta a gurizada.


(Folclore. Vitória, janeiro-fevereiro de 1950, nº 5)
http://www.jangadabrasil.com.br/revista/janeiro62/fe62001a.asp  

terça-feira, 19 de julho de 2011

Dança Burrinha

Dança Burrinha
     

    








Aparece em alguns grupos de bumba-meu-boi, trata-se de um cavalinho ou burrinho pequeno, com um furo no centro por onde entra o brincante, a burrinha fia pendurada nos ombros dele por tiras similares à suspensório. / Miolo do Boi- O boi, figura central do auto, geralmente é feito com uma armação de cipó coberta de chita, grande o bastante para que um homem a vista. A cabeça que pode ser feita de papelão ou com a própria caveira do animal. "Escondido sob a armação de madeira de buriti e do couro primorosamente bordado com miçangas, lantejoulas, contas, pedras e paetês, há um homem comum. É ele - o miolo - quem dá vida e graça ao boi. É quem dança, gira, faz peripécias, move-se com incrível leveza, foge, esquiva-se, brilha, atrai olhares como um ímã. Na pele do boi estão pedreiros, estivadores, mecânicos, serventes, carroceiros movidos a cachaça, conhaque e até a guaraná Jesus, o refrigerante cor-de-rosa típico do Maranhão."

http://tianastaciafolclore.blogspot.com/2011/05/danca-burrinha.html

Burrinha

A burrinha é uma dança dramática ou folguedo comemorativo do dia de Reis, encontrado na Bahia: um dançarino com um balaio coberto de panos bem amarrado à cintura, simulava um homem cavalgando uma burrinha, cuja cabeça de folha-de-flandres completava o efeito desejado.
A burrinha saía às ruas para tirar reis, dançando ao som de chulas, acompanhada por um grupo e uma orquestra de viola, ganzá e pandeiro. O divertimento assemelhava-se ao dos ternos; a diferença estava apenas na presença da burrinha dançando e nas chulas.

Também em vários outros Estados o rancho da burrinha tirava reis no dia 6 de janeiro. O reisado convergiu para o bumba-meu-boi, dançado ao som das suas cantigas peculiares.




Segundo o site "Visite a Bahia", a burrinha consiste em um indivíduo mascarado, fantasiado de burrinho, que traz na cabeça folhas de flandres. A música se compõe de viola, ganzá e pandeiro. O divertimento assemelhava-se aos ternos; a diferença estava, apenas, na presença da burrinha dançando, e nas chulas. O rancho da burrinha, que tirava “reis” no dia 6 de janeiro, convergiu, em outras regiões, para o bumba-meu-boi, onde aparece, dançando, ao som das cantigas.

Participa, igualmente, do folclore, no carnaval de rua, a interessante figura da burrinha, personagem desgarrada, com certeza, de algum auto popular do bumba-meu-boi.

De fato, essa burrinha saltitante e brejeira, deve de ser parente do cavalo-marinho, que figura em qualquer destes velhos folguedos do boi: o bumba-meu-boi do Nordeste, o boi de mamão de Santa Catarina, ou o rei de boi capixaba, de São Mateus e Conceição da Barra.

A burrinha carnavalesca é preparada pelo mesmo processo por que se faz o cavalo-marinho: a cabeça é de pau ou papelão grosso, e representa a cara do animal, com orelhas e crina, os olhos, as ventas e a boca pintada etc. A armação do corpo é, em regra, de madeira, forrada com panos vistosos e compridos; na parte traseira — o rabicho.

O cavaleiro "veste" essa armação, e, puxando as rédeas presas à boca do "bicho", movimenta-o, à vontade, em trotes ou galopes, com os próprios pés a fingirem de pata, e mal aparecendo sob a cobertura de pano. Está-se a ver que, nestas condições, a burrinha tem apenas dois pés. Às vezes, para melhor dar a impressão da montaria, cosem-se-lhe duas pernas recheadas de pano, uma de cada lado do "selim", fingindo pernas e botas do "peão".

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira; VisiteaBahia.com.br - Atrações - Burrinha.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Brasil na Africa: trecho a Burrinha

A cultura brasileira encontra-se, ainda hoje, presente em terras africanas através de festas populares como o carnaval e o bumba-meu-boi. Celebradas frequentemente em ocasiões e épocas diferentes das do Brasil, essas festas contribuem, no entanto, para manter vivas tradições ameaçadas pelo passar dos anos.
A mais importante dessas festas é sem dúvida a da burrinha, reprodução africanizada do folgedo popular brasileiro, que tem raízes comuns com o bumba-meu-boi. Luís da Câmara Cascudo, em seu "Dicionário do Folclore Brasileiro", afirma que a burrinha nasceu na Bahia, no final do século XVIII. O bumba-meu-boi, espetáculo mais rico e elaborado, teria se originado nas grandes plantações de cana-de-açucar e se espalhado por todo o país. Ambas as festas são celebradas por ocasião da Epifania, no início de janeiro.
Jacques Chirac em primeiro plano, com Mammywatta e a bandeira brasileira ao fundo
Na África, a festa sofreu alterações, decorrentes do tempo, sendo a principal delas a introdução de personagens de inspiração local na encenação e a celebração em datas diferentes. No Benin, por exemplo, a "bourian", como é chamada, é apresentada, em geral, por ocasião das festas de Nosso Senhor do Bonfim, no terceiro domingo do mês de janeiro. O caráter crescentemente profano da festa, que já não é mais associada à Epifania, e visa, basicamente, a divertir os assistentes, fez com que se tornasse muito popular entre beninenses. Numerosos grupos profissionais de "bourian" foram criados nos últimos anos, em concorrência direta aos grupos originais, integrados por "brasileiros" - o mais tradicional deles, a "Association des Ressortissants Brésiliens", de Porto-Novo, surgiu como irmandade religiosa, com o nome de “Irmandade Bom Jesus do Bonfim de Porto Novo”, e foi durante muitos anos dirigido por Casimiro e Marcelino d'Almeida. Seus atuais diretores são os irmãos Jean e Augustin Amaral. É comum hoje a encenação da "bourian" em casamentos, batizados e como atração em hotéis.
Em Lagos, o "boi" ainda é parte da tradição religiosa de 6 de janeiro, embora a encenação possa também, a pedido, ser apresentada em outras datas, como o ano novo e a páscoa.
A burrinha dança ao lado da bandeira do Brasil (Porto-Novo)
As encenações da burrinha envolvem a participação de numerosos personagens, muitos dos quais, como a própria burrinha, montada por cavaleiro mascarado (no Benin, a máscara às vezes representa políticos franceses, como Jacques Chirac ou François Mitterrand), ou o boi, vêm do Brasil. Outros personagens são de inspiração africana, como o elefante, a ema, o leão, o sapo, os enormes bonecos Ioiô (ou Papa Giganta) e Iaiá (ou Maman Giganta), que lembram personagens do carnaval de Olinda, ou ainda, no caso do Benin, Mammywatta, personagem que representaria a deusa do mar.
Os personagens entram na dança uns após os outros, e são saudados com canções onde se mistura o português, o nagô, o fon e o gum. Em 1953, Pierre Verger repertoriou 50 dessas canções em revista do Institut Français d'Afrique Noire, ainda em seu português de origem. Algumas delas foram, em seguida, reproduzidas nos livros de Zora Seljan (1962), Manuela Carneiro da Cunha (1985) e Milton Guran (1999), o que permitiu sua sobrevivência ao tempo. Em Lagos e no Benin, onde essas publicações pouco circularam, as canções são preservadas na memória dos animadores da burrinha, que as passam a seus sucessores. Naturalmente, com o passar do tempo, a letra original vai dando lugar a variações que prejudicam o seu entendimento.
O personagem "Ioiô" persegue crianças em Porto-Novo
Assim, quarenta anos atrás, Zora Seljan escutava Casimiro d'Almeida cantar: "Cavalaria Pernambucana; republicana; viva a crioula; dona Romana; que é baiana". A mesma canção, entoada décadas depois dor Jean Amaral, sucessor de Casimiro, dizia: "Cavalaria; bravo cavalaria; Cavalaria pernambucana; republicana; viva a crioula; cavalaria pernambucana; republicana; dona Tereza; é da baiana" (segundo Guran).
Umas poucas canções mantiveram-se intactas na memória dos que, ainda hoje, se comprazem em cantá-las por saudosismo. Em janeiro de 2000, Nestor Carrena, do alto de seus 86 anos, recordava a modinha que aprendera da mãe, na dácada de 1930: "Minha mãe quero me casar; minha filha diga com quem; se casa com cachaceiro; minha filha não casa bem" (a canção é reproduzida, com ligeira variação, por Manuela Carneiro da Cunha, em "Negros Estrangeiros"). Em compasso mais acelerado (de samba, segundo Jean Amaral), a mesma canção integra o repertório da "bourian", em Porto-Novo.

fonte:
http://www2.mre.gov.br/cartafrica/brasilfolclore.html